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| Foto Reprodução youtube |
O cenário era de tragédia anunciada: um gigante do futebol brasileiro, o Internacional, cambaleava à beira do abismo do rebaixamento nas últimas e agônicas rodadas do campeonato. Em meio ao caos, uma figura icônica atende ao chamado. Abel Braga, o Ãdolo, retorna para uma missão que parecia impossÃvel. Mas o apito final que garantiu a permanência na Série A foi apenas o começo de uma reviravolta ainda mais surpreendente, uma que aconteceria não nos gramados, mas nos corredores do poder.
Há três anos, Abel Braga vivia a tranquilidade da aposentadoria, longe da pressão incandescente da beira do campo. Sua gloriosa trajetória como técnico parecia ter chegado ao fim. No entanto, quando o clube de sua vida o convocou, ele não hesitou. Aceitou o desafio de comandar o time por apenas dois jogos, com um único e desesperado objetivo: evitar a queda.
Isso não foi um técnico voltando ao mercado; foi uma lenda descendo do seu panteão para lutar na trincheira mais perigosa. Colocou em jogo uma reputação impecável e um legado de idolatria. E, contra todas as probabilidades, triunfou. A salvação veio na última rodada, com a vitória sobre o Red Bull Bragantino e uma combinação de resultados paralelos que fizeram o Beira-Rio explodir em alÃvio. A missão estava cumprida.
Após a euforia, a lógica apontava para a continuidade de Abel como o comandante da reconstrução em 2026. Mas a história reservava um capÃtulo contra intuitivo. O clube anunciou que Abel Braga não seguiria como técnico. Em seu lugar, assumiria o cargo de Diretor Técnico, trocando o agasalho e a prancheta pelo terno e a caneta.
A mudança é sÃsmica. Abel abdicou da adrenalina dos 90 minutos, da glória imediata e da adoração pública que vêm com cada vitória, para assumir o trabalho calculado, estratégico e, muitas vezes, ingrato dos bastidores.
A importância da nova função de Abel é amplificada pelo vácuo de poder no departamento de futebol. As saÃdas recentes do diretor esportivo D'Alessandro, do executivo André Mazzucco e do vice de futebol José Olavo Bisol deixaram o clube à deriva. Nesse cenário de desmonte, Abel tornou-se a "peça central na montagem do novo departamento". Sua permanência, inclusive, chegou a ser uma incógnita, já que o agora dirigente preferia a continuidade de seus colegas. Ficar, apesar das saÃdas, foi a prova final de seu compromisso.
Em um momento de crise, sua figura de Ãdolo incontestável oferece uma estabilidade e autoridade que nenhum executivo contratado no mercado poderia trazer. Ele não está apenas preenchendo um cargo; está agindo como a âncora institucional do clube. Prova disso é que, como revelou o presidente Alessandro Barcellos, seu trabalho começou muito antes do anúncio oficial.
O Abel não parou de trabalhar desde domingo, tem trabalhado diariamente conosco, já na perspectiva de busca de um novo treinador. Não foram nem uma nem duas reuniões que tivemos e isso tem sido importante nesse momento de reorganização do departamento de futebol.
A jornada de Abel Braga foi muito mais do que a crônica de um salvamento épico. Foi a demonstração de um amor incondicional, manifestado em dois atos: primeiro, arriscando seu legado como cirurgião de emergência e, segundo, redefinindo seu papel para se tornar o engenheiro da reconstrução. A saga que começou como uma operação de resgate evoluiu para um projeto de refundação.
O maluco Abel Braga aceitou o cargo de diretor técnico do Inter em 2026, e eu estou feliz, e você?
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O CONTEÚDO NO TEXTO ACIMA REFLETE O PENSAMENTO DO ESCRITOR E NÃO DO BARCOLORADO!
