A declaração do técnico Roger Machado, "essa instabilidade vai passar", soa como um mantra de esperança em meio a um momento de crise aguda no Internacional. Após a derrota por 2 a 1 para o São Paulo em pleno Beira-Rio, a pressão sobre o time e a comissão técnica atingiu um ponto crítico, tornando a próxima partida contra o Fluminense, pela Copa do Brasil, um verdadeiro divisor de águas na temporada.
A análise de Roger na coletiva de imprensa revela uma busca por soluções táticas, como a tentativa de usar três zagueiros e dois centroavantes, uma formação que, embora pensada para neutralizar o adversário e dar mais poder de fogo ao time, não surtiu o efeito desejado. A admissão de que a atuação não foi boa e a incerteza sobre a repetição do esquema demonstram a dificuldade em encontrar um caminho para a retomada das vitórias.
A reunião de mobilização no vestiário, que atrasou a entrevista do técnico, indica que a crise é sentida por todos – jogadores, comissão e diretoria. É um momento de fechar o grupo e buscar forças internas para reagir. No entanto, a fala de Roger sobre a necessidade de "mais sorte" e de criar "chances mais claras" pode ser interpretada de duas formas: como uma constatação da falta de efetividade do ataque ou como uma tentativa de minimizar a gravidade dos problemas de criação da equipe.
O contexto é ainda mais pesado pela obrigação de reverter um placar adverso contra o Fluminense para seguir vivo na Copa do Brasil. A crise no Brasileirão, onde o time se complica a cada rodada, agora ameaça contaminar o desempenho nas copas. A confiança que Roger tenta transmitir em suas palavras precisa, urgentemente, ser refletida em campo, com resultados práticos. A paciência da torcida está se esgotando, e apenas uma vitória convincente poderá começar a dissipar a nuvem de instabilidade que paira sobre o Beira-Rio.
Fonte: Correio do Povo