"Não pode prever o futuro": Bisol garante apoio a Roger, mas clima é de incerteza

.    Foto Ricardo Duarte Internacional 
A entrevista do vice de futebol do Inter, José Olavo Bisol, após a derrota para o São Paulo, é um retrato fiel da corda bamba em que se equilibra o comando técnico do clube. Ao mesmo tempo em que garante a permanência de Roger Machado e afirma ter "confiança total" no treinador, Bisol deixa uma porta aberta para a incerteza com a frase "não posso prever o futuro", especialmente ao ser questionado sobre uma possível eliminação na Copa do Brasil.Essa dualidade no discurso revela a enorme pressão que recai sobre o clube. Por um lado, a diretoria tenta transmitir estabilidade, pedindo "autocrítica e remobilização" e lembrando que o mesmo grupo já demonstrou resiliência em outros momentos. Por outro, a realidade dos resultados negativos e a proximidade de um jogo decisivo contra o Fluminense tornam qualquer garantia de longo prazo impossível.A fala de Bisol, embora busque blindar o treinador, acaba por expor a fragilidade da situação. A necessidade de vir a público para "garantir" a permanência de um técnico já é, por si só, um sinal de crise. A cobrança interna, mencionada pelo dirigente, e a própria admissão de Roger de que "futebol vive de vitórias", reforçam que a continuidade do trabalho está diretamente atrelada ao resultado de quarta-feira no Maracanã.O apoio declarado soa mais como um voto de confiança com prazo de validade: o apito final do jogo contra o Fluminense. A diretoria joga com as palavras para evitar uma crise ainda maior antes de uma partida crucial, mas o recado nas entrelinhas é claro. A confiança em Roger existe, mas não é inabalável e será testada ao limite nos próximos 90 minutos.Fonte: Correio do Povo

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