A real situação financeira do Internacional, corroborada pelas declarações diretas de D'Alessandro na apresentação de Alan Rodríguez. A expressão "janela magra", utilizada por um dirigente, já indicava um cenário de contenção, mas a profundidade do problema, com uma dívida que atinge R$ 850 milhões e despesas financeiras anuais superiores a R$ 100 milhões, escancara a gravidade da situação.
É compreensível que o torcedor, acostumado a ver seu time disputando títulos e buscando grandes contratações, tenha dificuldade em assimilar essa realidade. No entanto, a mensagem é clara: o Inter está "respirando por aparelhos", e o foco principal da diretoria é estancar o crescimento da dívida e garantir o cumprimento dos compromissos básicos, como o pagamento de salários em dia e a quitação com fornecedores.
A análise de Oliveira de GZH, aponta para um gasto excessivo em reforços no início de 2024, uma aposta alta que não se concretizou em títulos e que, somada a eventos como a eliminação no Gauchão e a enchente, levou o clube ao seu limite financeiro. A busca pela sobrevivência e por uma vaga no G-6 do Brasileirão se tornou a prioridade, esgotando as fichas do clube.
A urgência do debate sobre a SAF, pregada pelo presidente Alessandro Barcellos em um evento de transparência, reforça a ideia de que o Inter chegou a um ponto de inflexão. A SAF, embora um tema complexo e que gera debates acalorados, surge como uma alternativa para reestruturar as finanças e buscar um novo modelo de gestão para o futebol.
O colunista faz um apelo importante ao torcedor: é hora de olhar além do campo e da bola. Entender a realidade financeira do clube é fundamental para que a torcida possa cobrar responsabilidades de forma consciente e construtiva. A transparência, como a transmissão do evento sobre a SAF no YouTube, é um passo importante para engajar o torcedor nessa nova fase.
Em suma, a situação financeira do Internacional é delicada e exige um olhar atento de todos os envolvidos. A honestidade de D'Alessandro e a análise de Leonardo Oliveira servem como um alerta para a necessidade de uma gestão mais responsável e de um engajamento da torcida na busca por soluções que garantam a sustentabilidade e o futuro do clube.
Fonte:gauchazh.clicrbs.com.br