Há poucos dias, a nação colorada respirava aliviada. Após uma última rodada dramática no Brasileirão, o Internacional escapou do rebaixamento e parecia ter um horizonte, ainda que desafiador, para planejar o futuro. No entanto, a euforia durou pouco. A notÃcia de uma punição da FIFA, o chamado "transfer ban", caiu como um balde de água fria no Beira-Rio, transformando o alÃvio em uma profunda preocupação e lançando uma sombra de incerteza sobre todo o planejamento para 2026.
O impacto da sanção imposta pela FIFA é imediato e brutal. Com o "transfer ban", o Inter fica proibido não apenas de registrar novos jogadores, mas também um novo técnico. A punição chega no pior momento possÃvel: justamente quando o clube mais precisava ir ao mercado para corrigir as deficiências de um time que flertou com o desastre até o último minuto do campeonato.
A coincidência não poderia ser mais cruel: a punição chega à s vésperas da abertura da janela de transferências de janeiro. Com o Gauchão previsto para 11 de janeiro de 2026 e o Brasileirão para o dia 28, o tempo para agir é mÃnimo. A urgência é ainda maior considerando que o clube busca ativamente um novo comandante, já que Abel Braga cumpriu apenas uma missão pontual. Agora, essa busca vital está bloqueada. Isso não apenas trava a montagem do elenco; é uma sentença de estagnação. O Inter se vê forçado a iniciar a temporada com a mesma base que o levou à beira do abismo, um elenco que claramente necessitava de uma reoxigenação urgente que agora lhe é negada.
Embora a FIFA não tenha confirmado qual negociação originou a penalidade, o passado administrativo do clube aponta para dÃvidas conhecidas como as prováveis causas. Uma delas envolve o Racing, da Argentina, por parcelas do empréstimo do atacante Carbonero. E aqui reside a mais dolorosa das ironias.
O herói improvável que garantiu a permanência em campo, Carbonero, é a personificação da crise nos escritórios. O mesmo nome que gerou gritos de alÃvio na arquibancada é o que agora estampa o documento da FIFA que aprisiona o futuro do clube. É uma metáfora cruel que resume a esquizofrenia colorada: o talento que salva é o mesmo que, por falha de gestão, condena. A outra pendência conhecida, com o Lanús por Aguirre, já teria sido quitada, segundo o clube. Isso expõe uma falha de gestão primária: permitir que dÃvidas conhecidas e relativamente pequenas se transformem em uma crise internacional. Não se trata de uma fatalidade, mas da consequência de uma administração que não soube estancar a sangria antes que ela contaminasse todo o planejamento.
Conseguirá a diretoria colorada resolver essa pendência a tempo de salvar o planejamento para 2026, ou a dramática fuga da Série B foi apenas o prelúdio de uma tempestade ainda maior?
Fonte GE Inter
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O CONTEÚDO NO TEXTO ACIMA REFLETE O PENSAMENTO DO ESCRITOR E NÃO DO BARCOLORADO!
