Entenda por que as comissões de empresários emperram a negociação entre Inter, Flamengo e Vitão

 

Foto Ricardo Duarte/Internacional

As comissões dos empresários desempenham um papel decisivo e, muitas vezes, obstrutivo no desfecho das transferências esportivas. Elas funcionam como um componente financeiro central que pode atrasar ou até inviabilizar um acordo, mesmo quando os clubes e o atleta já chegaram a um consenso sobre salários e termos contratuais.

A divergência entre o valor que um clube está disposto a pagar e o que os agentes esperam receber pode paralisar uma transferência. No caso Vitão, o acerto entre Inter e Flamengo sofreu atrasos devido a um impasse entre o clube carioca e os representantes do jogador em relação a esses valores. 

As comissões servem como um atrativo para o "staff" (equipe de representantes) do atleta. As fontes revelam que o Cruzeiro oferecia 16% de comissão, enquanto o Flamengo propôs 7%. Essa diferença considerável gerou um desagrado no staff do jogador, influenciando diretamente a dinâmica das conversas e a preferência dos intermediários por uma ou outra proposta. 

O papel da comissão é tão relevante que ele é tratado como uma negociação paralela e essencial. Mesmo que Vitão já tenha acertado o tempo de contrato (até 2029) e as bases salariais, a negociação não foi concluída imediatamente devido à falta de acordo sobre a remuneração dos empresários. 

Para o clube que vende (no caso, o Inter), as comissões tornam-se um obstáculo para a urgência financeira. O clube necessita da venda para fechar as contas de 2025 e evitar que o jogador saia de graça ao assinar um pré-contrato, mas depende que os compradores e os agentes cheguem a um termo comum sobre as taxas de intermediação.

Em termos gerais no mercado do futebol, as comissões são a forma como os agentes são remunerados pelo serviço de intermediação e assessoria de carreira. Embora as fontes foquem nos percentuais de 7% e 16%, a FIFA e as confederações nacionais frequentemente tentam implementar regulamentações para limitar esses valores, visando evitar que os ganhos dos intermediários sobreponham-se aos interesses esportivos e financeiros dos clubes.

Para facilitar a compreensão, imagine que a transferência é a venda de uma casa: o comprador e o vendedor já concordaram com o preço do imóvel, mas a venda não é assinada porque os corretores de cada lado não aceitam a divisão da porcentagem de corretagem. O negócio fica "congelado" até que a taxa dos intermediários seja resolvida, independentemente de a casa estar pronta para a mudança.

Fonte GZH

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