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| Fotos Reprodução Youtube /Internacional |
A tarde de 19 de dezembro de 2025 no Beira-Rio não foi apenas um protocolo de apresentação; foi o marco zero de uma reformulação técnica que visa devolver ao Internacional o protagonismo continental. Sob o olhar atento do presidente Alessandro Barcellos e a repercussão imediata nos bastidores alimentada pelo clima de "Sem Filtro" que domina as discussões coloradas, Paulo Pezzolano assumiu o leme. O desafio é hercúleo: gerir um calendário de quatro competições em 2026, incluindo a novata Copa Sul-Sudeste. O que se viu foi um treinador que compreende o peso da liturgia colorada e a urgência de uma gestão de carga cientÃfica para um ano exaustivo.
"Eu tinha proposta da Europa, eu queria ficar na Europa, como estive até agora e tÃnhamos proposta para ficar, mas quando aparece o Inter, a dimensão do Inter, um time grande como Inter, é impossÃvel dizer que não. Então, estou muito feliz."
Os bastidores da chegada de Pezzolano revelam um perfil de liderança que preza pela palavra empenhada. O incidente logÃstico na fronteira, onde problemas de documentação impediram a entrada por terra, desencadeou uma operação digna de filme: um avião vindo da Argentina foi acionado à s pressas para garantir que o técnico estivesse no Beira-Rio no horário combinado. Pezzolano demonstrou que o compromisso com o clube começa antes mesmo do primeiro treino, estabelecendo um padrão de seriedade que será cobrado de cada atleta no vestiário.
Talvez o ponto mais estratégico da nova gestão seja a parceria entre Pezzolano e o diretor técnico Abel Braga. É a primeira vez que o uruguaio trabalha com um "treinador histórico" ao seu lado, e a análise técnica aqui é clara: enquanto Pezzolano traz a metodologia europeia de alta intensidade, Abel entrega a "humanidade" e a sabedoria de quem conhece cada centÃmetro da Padre Cacique. Essa dobradinha pode ser o antÃdoto contra as crises de identidade que assolaram o clube em temporadas passadas, unindo inovação tática com o DNA vencedor de 2006.
"É a primeira vez que acontece em minha vida de ter um treinador histórico ao meu lado. Então, para mim, é um orgulho estar do lado dele. Vou aprender muito, ter um professor assim do lado."
Com o Gauchão, Brasileirão, Copa do Brasil e a Copa Sul-Sudeste no horizonte, a utilização da base deixa de ser um desejo e passa a ser uma obrigatoriedade de gestão de carga. Pezzolano foi enfático: o Sub-20 será parte integrante do cotidiano profissional. Em um cenário de elenco curto e maratona de jogos, essa integração frequente permite que os jovens talentos absorvam os conceitos táticos mais cedo, servindo como oxigênio para o time principal. Trata-se de potencializar ativos e garantir que o Inter tenha "pernas" para chegar competitivo em todas as frentes em 2026.
Pezzolano não prometeu tÃtulos vazios, mas exigiu duas moedas inegociáveis: humildade e entrega total. O técnico busca construir um time "forte mentalmente e fisicamente", capaz de suportar a pressão de um Beira-Rio lotado. Sua visão técnica foca em tirar o máximo de cada jogador, transformando bons talentos em atletas de alta performance sob pressão. É a imposição de um padrão europeu de exigência em um contexto sul-americano, onde a intensidade fÃsica muitas vezes decide o destino de uma temporada inteira.
Pezzolano e a mÃstica vitoriosa de Abel Braga será a quÃmica perfeita para encerrar o jejum de grandes conquistas?
Fonte GZH
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O CONTEÚDO NO TEXTO ACIMA REFLETE O PENSAMENTO DO ESCRITOR E NÃO DO BARCOLORADO!
