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| Foto Ricardo Duarte/Internacional |
O torcedor colorado respirou aliviado. A vitória sobre o Ceará abriu quatro pontos de distância para a temida zona de rebaixamento. Uma margem que, a essa altura do campeonato, parece um oásis no deserto. Mas, enquanto a arquibancada celebrava, uma voz dentro do vestiário mandava um recado claro: a guerra ainda não acabou. Essa voz é a do zagueiro Vitão, que se tornou o porta-voz da razão e do foco. A verdadeira história não é o resultado da última rodada, mas o que o time fará com ele.
O ponto central da fala de Vitão é uma recusa categórica ao relaxamento. Para o defensor, a vitória não foi um salvo-conduto para a tranquilidade, mas sim a confirmação de que o único caminho possível é encarar cada partida restante como uma decisão de campeonato. A ordem no Beira-Rio é manter a seriedade e a concentração no nível máximo.
Em suas próprias palavras, o zagueiro estabeleceu o mantra que deve guiar o time nesta reta final:
A gente não pode relaxar, não. Cada jogo é uma final, ainda mais diante do nosso torcedor. Desde o primeiro minuto até o último vamos em busca da vitória com muita humildade e pés no chão. Não vai ser essa vitória de hoje (quinta-feira) que vai nos fazer perder a humildade.
Essa mentalidade de "pés no chão" é um sinal de maturidade fundamental. Em um momento onde o emocional poderia facilmente levar à euforia ou ao desleixo, a liderança de Vitão ancora o time na realidade, lembrando que a sobrevivência na Série A se conquista a cada minuto, e não com vitórias isoladas.
Ciente de que a batalha não se vence apenas dentro de campo, a diretoria e os jogadores tomaram uma atitude estratégica: abrir o treino de sábado para a torcida. Em uma luta contra o rebaixamento, onde a pressão pode isolar um elenco, esse tipo de gesto funciona como uma quebra de cerco, transformando a angústia da arquibancada em combustível e apoio direto.
Vitão revelou que o elenco abraçou a ideia e fez questão de estender o convite, assumindo um papel de liderança que transcende o campo de jogo. É um chamado pessoal para selar a união.
A gente foi consultado e prontamente concordou (com o treino aberto). É muito boa essa relação entre torcida e jogadores. A gente sabe a diferença que eles fazem e, quanto mais próxima essa relação, melhor para a gente. Então, estou feliz por essa proximidade e espero todos no sábado e depois na segunda.
O discurso de foco será testado imediatamente. O próximo adversário é o Santos, em um confronto direto na luta contra o rebaixamento. E para este duelo crucial no Beira-Rio, o técnico Ramón Díaz terá um verdadeiro quebra-cabeça para montar a equipe.
Os desfalques são um grande obstáculo e afetam todos os setores do time:Luis Otávio (volante, suspenso),Bruno Tabata (meia, suspenso),Carbonero (atacante, suspenso) e Ivan (goleiro, lesão grave, fora do Brasileirão)
As ausências de Luis Otávio e Tabata desmontam o setor de meio-campo, retirando poder de marcação e criatividade, enquanto a suspensão de Carbonero limita as opções ofensivas. O retorno do volante Thiago Maia é uma notícia positiva para a contenção, mas não resolve o problema da articulação das jogadas. Essa configuração força Ramón Díaz a buscar soluções táticas improvisadas, tornando o jogo contra o Santos ainda mais imprevisível e perigoso.
Apoio da arquibancada e adversidades a serem superadas, o Inter tem o que é preciso para transformar essa reta final de campeonato?
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O CONTEÚDO NO TEXTO ACIMA REFLETE O PENSAMENTO DO ESCRITOR E NÃO DO BARCOLORADO!
