A dedicação total nos treinos é a base para buscar o que a diretoria já calculou como a meta de sobrevivência. Nos bastidores, o número é claro: duas vitórias nas cinco rodadas finais seriam suficientes para assegurar a permanência na Série A. A meta é objetiva, mas assustadora para um time que conquistou apenas dois pontos e marcou dois gols nos últimos cinco jogos.
Para atingir o objetivo, o Inter precisará exibir uma eficiência que desapareceu completamente nas últimas rodadas, e o calendário não perdoa. A sequência final é duríssima: enfrenta o Ceará fora de casa, recebe o Santos, viaja para encarar Vasco e São Paulo, e encerra o campeonato contra o Bragantino no Beira-Rio.
Para conquistar essas vitórias, a mudança de postura não pode ser apenas mental e física; ela precisa ser tática. Por isso, Ramón Díaz fez sua aposta mais crucial: abandonar de vez o sistema com três zagueiros. O treinador vai manter a formação utilizada contra o Bahia, com dois zagueiros, dois volantes e um trio de atacantes.
Em um momento onde muitos técnicos buscariam segurança em esquemas reativos, Ramón Díaz dobra a aposta em seu modelo de jogo ideal. A convicção é que essa formação oferece o equilíbrio entre defesa e ataque que faltava ao time. A aposta de Díaz é que a consistência tática pode restaurar a confiança de uma equipe que, segundo ele, finalmente encontrou uma identidade para lutar pela vida.
