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| Foto Reprodução Youtube |
É exatamente por isso que o retorno de Abel Braga ao comando do Internacional para as duas últimas rodadas do Brasileirão se destaca como um evento tão raro e significativo. Em um gesto que contraria a norma, a oitava passagem do técnico pelo clube não é sobre carreira ou dinheiro, mas sobre algo muito mais fundamental. A história de como tudo aconteceu revela lições poderosas sobre lealdade, gratidão e o verdadeiro espÃrito do esporte.
O retorno de Abel sem receber qualquer remuneração, o presidente do clube, Alessandro Barcellos, fez questão de revelar que a iniciativa partiu do próprio treinador.
Em um ambiente profissional onde cada movimento é monetizado, a escolha de trabalhar por amor à camisa é um ato que desafia a lógica do mercado. Enquanto o esporte se acostuma com taxas de agentes exorbitantes, negociações contratuais que se arrastam por meses e atletas que forçam transferências, o gesto de Abel Braga funciona como uma contranarrativa. Ele não apenas demonstra seu profundo vÃnculo com o Internacional, mas envia uma mensagem poderosa de que, para alguns, a identidade e a história ainda valem mais do que o holerite.
Destacar que, por decisão do Abel, ele pediu para vir em um contrato, sem remuneração. Foi um pedido dele.
No entanto, bastou um único contato. O presidente revelou que D'Alessandro foi o responsável pela primeira e única ligação, e Abel aceitou o desafio de imediato. Essa prontidão para atender ao chamado do clube em um momento de necessidade, sem hesitação, mostra uma conexão que vai muito além de uma simples relação profissional. É a resposta de alguém que se sente parte da história e responsável por ela. Em momentos de crise aguda, instituições não buscam apenas um profissional; buscam um pilar, uma figura que encarna a memória e os valores do clube em sua forma mais pura.
Este retorno não foi um movimento de carreira; foi uma missão de resgate. Abel Braga chega em um contexto extremamente delicado para o Internacional, logo após a demissão do técnico Ramón DÃaz, uma consequência direta da devastadora derrota por 5 a 1 para o Vasco.
O retorno de Abel Braga não foi uma contratação; foi uma declaração. Um lembrete contundente de que, por baixo das camadas de marketing e dos contratos milionários, a alma do futebol ainda reside naqueles dispostos a servir por lealdade, e não por lucro.
Em uma era de cifras astronômicas, qual é o verdadeiro valor de um gesto como este?
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O CONTEÚDO NO TEXTO ACIMA REFLETE O PENSAMENTO DO ESCRITOR E NÃO DO BARCOLORADO!
