O técnico Roger Machado tem utilizado uma formação tática que tem gerado debates entre torcedores e especialistas do Internacional. Desde a implementação do esquema com três volantes, os resultados têm sido preocupantes para o clube gaúcho.
A estratégia foi adotada pela primeira vez nesta temporada durante o confronto contra o Corinthians, na Neo Química Arena, válido pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. A partir desse momento, a equipe disputou dez partidas em todas as competições, sendo que em seis delas utilizou essa formação específica.
Os números revelam um desempenho preocupante: das seis partidas com três meio-campistas, o Internacional conquistou apenas uma vitória, um empate e sofreu quatro derrotas. O único momento positivo foi o triunfo sobre o Nacional-URU, no Uruguai, pela Libertadores, onde a equipe começou com Fernando, Thiago Maia e Bruno Henrique.
Roger Machado tem defendido sua escolha tática, argumentando que se trata de uma questão estratégica para buscar equilíbrio na equipe. Segundo o treinador, os jogadores exercem função de meio-campistas, não apenas volantes tradicionais, visando recuperar a estabilidade do time.
Contudo, os resultados negativos têm se acumulado, culminando na derrota mais recente para o Atlético-MG, na Arena MRV. Esse resultado colocou o Internacional em situação delicada no Campeonato Brasileiro, figurando na zona de rebaixamento.
A situação se tornou ainda mais tensa quando o técnico teve uma discussão com um jornalista após a partida contra o Galo, defendendo que os números não se explicam sozinhos sem a devida contextualização dos diferentes cenários de jogo.
A análise detalhada dos últimos dez jogos mostra que o Internacional tem alternado entre formações com dois e três volantes, mas os melhores resultados têm vindo quando utilizou apenas dois meio-campistas. Nas partidas com dois volantes, a equipe conseguiu vitórias importantes, como contra o Maracan pela Copa do Brasil e o Bahia pela Libertadores.
Fonte: GE Globo