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Foto Ricardo Duarte/internacional |
Ex-diretor da base colorada, o argentino Gustavo Grossi concedeu uma longa entrevista relembrando sua passagem de três anos no Internacional e apontando um problema estrutural: a falta de integração entre o tempo profissional e as categorias de base. Segundo ele, o clube viveu um momento de forte investimento na formação, mas depois voltou a priorizar o elenco principal, reduzindo recursos e afeto inicialndo a continuidade dos projetos.
Grossi disse ter orgulho de ter ajudado a promover nomes como Gabriel Carvalho, Luís Otávio, Ricardo Mathias e Yago Noal ao profissional, defendendo uma metodologia de “formação integral” que inclui acompanhamento acadêmico, nutricional e social — especialmente para jovens com contexto familiar e econômico mais difícil, que, muitas vezes, precisaram morar no CT para alcançar alto rendimento. Lembrou casos positivos, como o de Anthoni, e também frustrantes, como o de Thauan Lara, cujo desempenho caiu ao deixar o alojamento antes de se consolidar.
Ele revelou que, há oito meses, não conseguiu apresentar pessoalmente seus destaques ao técnico Coudet, apenas conseguindo a reunião no dia em que assinou sua saída — momento em que entregou nomes e materiais dos atletas que considerava prontos. Grossi também destacou que, após sua saída, a nova gestão teria reiniciado processos “do zero”, alterando completamente o trabalho já implantado. Apesar disso, afirmou ter deixado a casa “arrumada” e mantém carinho pelo clube, do qual diz ter se tornado torcedor.
Fonte: GZH Leonardo Oliveira